A
miragem e o objeto, o canto e a sereia, a reza e o milagre, ele e ela...
e foi
mais ou menos assim...
Depois
dele
Ela não
precisava muito para sorrir
Por
causa dele
Havia
trilha sonora permanente
Com ele
Podia
exercer sua natureza ampla e irrestrita
Dele
Recebeu
o melhor de si
Nele
Recostou
... até
que se despiram e viu que
nunca
precisou muito para sorrir
eco
pouco não é canto
sempre
foi orgânica, e sua natureza não mais encapsularia
sua
sensibilidade fê-la apre(e)nder o que nem ele sabia ter para oferecer, mas que
ela sabia onde olhar e o que estava em busca. Não era ele, sempre foi ela...
quem amou à si e ao fim, nele reparou sua versão caleidoscópica... e tirou para
dançar, rodopiou, cambaleou calculadamente alinhavando em cada desatino o
início do precipício que iria desafiar
... e
então se revestiu de si(m).
Ele? Nem
viu e já(nem)era. Andarilho das brisas, perambula equilibrando-se em cúmulos de
fumaça, e leva no rosto uma ingenuidade quase egocêntrica da percepção de que
ela lhe seria permanente, depois de ter escolhido lhe ser descartável.
So long, my hypothetical love...
wait for me in your daydreams...
sussurou ela em seu céu da boca
e
que ele sorveu tão lindamente,
junto com um gole de café quente
naquela
manhã de à Deus
e que
ele (ainda) não entendeu
abend