sábado, 3 de dezembro de 2016



Coragem vem da vontade, 
vontade vem do desejo, 
desejo vem contigo, 
desejo que venha comigo... 
sempre agora. 



quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Intensidade e leveza me identificam e magnetizam
Cada vez mais avessa à densidade rasa
Contornando universos para isolar tensos dos meus pensos
Ansiando por perder o fôlego amedrontada pela imensidão do desejo transcendente e traduzível em línguas estranhas e legíveis por mim
...que já não sei mais quem fui deixar-me tornar tão tarde alguém que de sempre me guiei para o dentro de quem ainda fui
E tudo flui
Em finas linhas tecidas em material indestrutível e conectivo, translúcido e ofuscante para as pupilas que não se abrem, e acabam descoladas da refração pontiaguda e certeira em amplitude e poder
Atômica, em um mundo distônico
Afonia generalizada
Agonia d'essa gente concreta e suas esquinas sem poesia


terça-feira, 25 de outubro de 2016




Um vazio
No vazio
Esvazia
E vaza salobro
Bobo e meio
Num seio de maré em libração e luante regência
Nesgo aguaçal perdido, apressado de medo, vai dar no mar...e lá se re/encontra
tsunâmico
se re/descobre groto

E ao desaguar se deixa invadir e insurge
impetuoso
de dimensão magnética
um vazio, cheio de nada
vazio de tudo
feito de não
por que sim!


sábado, 22 de outubro de 2016

Nas manhãs
chega e se encaixa em mim
Me desconcerta de um jeito sereno e efeito feroz
Indefesa comemoro e me acomodo em nosso molde
Ainda não sei se acordei
... e o melhor dos sonhos (a)parece (e) me sorri(r)
Porvir
Veio
... e conectamos um universo.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Estou resolviva e isso é indefinitivo
Como (n)a vida...
E tem gosto de sim
... com aroma de jazz mim
O ingrediente não é secreto
[há penas exclusivo]
... mas digno de veneração!
Esse viço não é à toa
Ele vem de ti em mim 
and back
In the level 
Indelével 




terça-feira, 18 de outubro de 2016

Delícia de sons amplos e suaves que em pano de fundo regem a cena em reverberações tesas que musicam sussurros agudos, suspiros graúdos e perduram em arrepios vertebrais
[E ainda estão a se imaginar]
Incandesce a cena quando a cortina dos olhos revela o encontro das vontades profundas
E no recôndito desse (a)mar
almas bocas e líquidos transmutam em uníssono
Cá lá e com sente
Tudo tão grandiosamente insular
Tectônico [corpo e coração]



domingo, 16 de outubro de 2016

Devorada-mente 
Carne crua traspassou natural
Conexão Terra
Muito além de sempre
Total-mente 
... sem saber da certeza que tem
Segura segura 
... e dez-orienta tátil-mente amadora profissional
Palavras como as amo
Mas nessa hora as perdi
... elas não existem, 
Sem-ti

sábado, 15 de outubro de 2016

Eu não preciso de um sinal. Eu preciso de você.
Palavras não são bocas. Bocas não são você.
Mas você é sim, sempre sim, incontestável.
(desde) ON  t  e  m
             ME  tempestuou
E aguo’ra
... ver ter
é continental

E a gente mal...
mas tão bem!

Que nem mais raciocina
Só sente, e isso bastou
Para ser pouco

E agora tudo e nada quase fazem mais sentido, do que ter sentido tudo

Eu bem que tentei me avisar, mas era tarde... e demais!


Acho que não estou acostumada com tanto. E está tudo tanto! disse ela, sem ter noção do universo que cabia dentro daquela simplicidade grandiosamente certeira e etérea.

Pararam (n)um tempo, mas não (n)a vida.

Abriu os olhos, como quem abre o coração em pandora. Passou da reverência à referência, e o grau mínimo passou a ser o topo. Nada mais justo aos que fizerem por merecer.

Serena e adjacente, pratica a espera ativa.
Quando se deita libera todo arsenal, mas quando cerra os olhos é no onírico que a magia acontece. E num tilintar tem na ponta dos dedos o que com a íris vislumbrou... e tudo é tão, que virou imensidão.


Segue a vida, ampla. Ela e a vida. Tão.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Cria
Criança
De crença
De criação
De criadagem
De cada um 
De nenhum
De todos 
De mim
De ti
De
❣️
De verdade


terça-feira, 11 de outubro de 2016

E como fumaça que era, a miragem evanesceu
O reflexo cambaleante não é teu
E o rastro fundo que vai ficando na areia grossa desenha o destino inefável
Uma figura nua se esguia escoriada pelo caminho tortuoso da não-ficção
É letárgica, por esperança, e sofre, por esperança, e quase morre, por esperança
Mas sobrevive em meio a ciclos crescentes de reflexão em decomposição intermitente
Se do pó da areia faz-se o vidro, que fornece a estrutura para o espelho... quando este se destrói, não há camada que não se esfacele
Do pó ao pó... antes reflexo, hoje partícula que arranha a retina
E os olhos convertem em gotas cristalinas

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

About luck and fear
About that and this
No one can mesure
If dont feel
So... allow yourself to change fear to fun
Maybe this is what the lucky is waiting from you

E quando a miragem mira de volta?
Já pensou que louco e incrível?!
Mas aí já não é mais sensação. É sensacional!
E como saber quem é a miragem?
Mais fácil saber quem mira.
A distância entre imagens refletidas inverte as certezas e agiganta a emoção.
E a gente volta a acreditar que para tudo existe razão. Mas como a minha se entregou indefesa ao coração... suspiro em pausas longas e abastecedoras. Uma certeza: poderia viver dessa luz.


domingo, 9 de outubro de 2016



Coração flamejante num corpo escaldante que escorre e entrega
E entrega
E entrega
E entrega
E entrega
E... entre...
e...
Ar dente boca língua nua pele pua
Coração já não pulsa mais
                                              só no peito
Pulsam inteiros e compassados
Nada destoa
E uma gota marota caçoa escorregadia delineando o percurso da exaustão
Frio e calor

Entregues.



sábado, 8 de outubro de 2016

Magnético
Másculo
Manso
Mágico
Manja(r)
Mestre
Monstro
Mundo
Morfeu
     E eu
      ... sonhei acordada.
Oh...man!





quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Num ar fresco e marcante, está!
Tem na boca uma confusão de línguas
... na cabeça risos e Interpol
A pele riscada vibra na cadência que determina seu coração
... pulsando ao ritmo russo de pôneis saltitantes
A loucura é manejada
O manejo é insano
A insanidade é deliciosa
Porque é atemporal e realmente cabal
A culpa não é das estrelas
Ela é capital
Ele interior
É... hoje ninguém dorme.


terça-feira, 30 de agosto de 2016


O desamparo

É demasiada a maciez de sua pronúncia frente a oca presença do vazio áspero que já foi grilhão

O desamparo

Parece doce e carinhoso esse armagedon odioso de quem depositou esperança no que nunca foi

O desamparo

Pára a vida 

Para a morte


segunda-feira, 29 de agosto de 2016



    Dia bucólico 
    Pessoas poucas
    Ferimento líquido
    Olhares ávidos
    Pensamento cínico
    Alinhamento público
    Sacrifício póstumo
    Engajamento explícito
    Diastólico
    Dia búlico 
    Bons ventos não apedrejam

 

sábado, 2 de abril de 2016

quando caralho insulta e foda ofende
resta porra nenhuma 
e não há língua que salve
o que à anus se constrói com rigor
(cada membro com sua liturgia)

amem