quando ouvia da existência de vida pós morte eu, cética, nem pensava em acreditar
estava muito envolvida nas questões da finitude
ainda juntava cheiros, papéis, retalhos de uma história esvaída e tudo me enlutava ainda mais
sofri, por vezes dissimulada, por vezes desintegrada, fui ao inferno
lá, uivando de desespero, cauterizei a alma e deixei o que lá pertence: choro e ranger de dentes
de lá renasci com uma nova pele e uma vida inteira pela frente
hoje, passado o luto, cicatrizado o ferimento, olhos limpos, passos firmes e cabeça em riste, digo...
existe amor além do fim: amor próprio
Nenhum comentário:
Postar um comentário