sábado, 28 de novembro de 2009



plácido
límpido
estático
incólume
desejando intensamente o estalar que revelaria ao mundo a sua essência tão bem dissimulada por aquela arma(não tão)dura
pronto
ouço
e nunca mais serei igual
não há volta
nem a desejo
minha ânsia é só uma, a de não permanecer translúcida
mexe comigo! me faz leve me faz nuvem
eu quase não posso em mim, e antes de explodir me divido em milhões de partículas unas e assim permaneço firme e fágil, dependente da tua interferência
um pequeno sussurro
um rubor surge próximo
é o saldo de mim que ainda guardas com cuidado, entre dedos delicados, que induzes gentil e maliciosamente para o calor da teu desejo
para sorveres tão logo esteja tenra e tesa pronta para ser teu alimento
gemo
o ritual está completo
não há volta

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