com o que pensas sobre mim
com o conteúdo a preencher o vazio que te domina
não peças minha língua quando fores lamber tuas feridas
sequer penses em mim ao correr a lágrima alegórica do teu rosto preparado por teres ouvido falar da tragédia que ocorreu tão longe de ti, quando aos teus pés muitos gemem por bem menos
não me subestimes
não penses que não ouvi todas as vezes que esganiçavas
tudo da boca pra fora
não esperes que eu sopre teus arranhões, depois de tantas vezes teres te encantado pelo mesmo tipo de porco espinho
please, já vi ratos de laboratório mais espertos que isso
não sabes o quanto de tuas espelhafatosas e previsíveis crises já eliminei de minha memórias
por proteção me sinto compelida a baixar minhas pálpebras para a tua tragédia de hoje
estranho... ouço teu riso por trás da suposta tristeza que encenas aos que nunca te lerão as entranhas
não menospreze minha capacidade de abstração
não deduzas que não te tenho algum afeto
pelo contrário: por ti nutro inúmero sentimentos, alguns deles nunca terás conhecimento
doutros é bom que nem tenhas acesso... pode não fazer bem a quem falta discernimento
eu bem que adverti

não me queiras para amiga da onça
não consigo desativar o sentido da realidade
não me peças conselhos: eu os darei
não reclames
eu bem que avisei
hipocrisia não é meu forte
Sem comentários... não precisa!
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