quarta-feira, 25 de setembro de 2013


A pressa lhe roubou tempos preciosos. Levou por atalhos. Becos sem saída. E a ânsia de tudo poder lhe deu o medo paralizante do insucesso, e conduziu ao fracasso.  
Já a vida, essa passava, em brisa leve, doce e colorida. 
Enquanto isso o dólar subia. E era a única coisa que lhe urgia saber. 
Almoço de domingo, cuidadosamente preparado por mãos pequenas e dedicadas, compunha o quadro da esperança que sorria em finos lábios rosa apagado. A frustração dava o tom e a trilha que emoldurava a cena. Homeopática e brutalmente mantida por lágrimas pungentes - que inundavam fortes e invasivas.
Está composta a obra desastre que, a pinceladas cruas, foi harmônica e dolorosamente adornada. Fracasso, para olhos rasos. Mas eles são brandos, e se derramam.